quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Amantes têm direito a partilha de bens e pensão, mas Justiça não reconhece união estável


Justiça não tem reconhecido união estável em relacionamentos fora do casamento, porém reconhece direitos econômicos da concubina
Ângelo Carbone*
Apesar do novo Código Civil de 2002 não reconhecer juridicamente os relacionamentos afetivos fora do casamento, a Justiça está reconhecendo o direito dos amantes à divisão de bens e pagamento de pensão, relacionados ao período da relação. Os relacionamentos concubinários vêm sendo encarados como relações onde pode haver algo mais além de uma aventura amorosa. Os tribunais, porém, não reconhecem aos amantes o direito de requerer à união estável.
Decisões recentes beneficiaram mulheres que viveram como concubinas. No último caso, a 7ª Câmara Cível do TJ gaúcho, em julgamento de recurso de concubina, fixou o pagamento de indenização de R$ 1 mil para cada ano de convívio que um homem casado manteve com ela. Eles se relacionaram durante 18 anos. Ao longo da relação extraconjugal, o parceiro jamais se separou da mulher com quem estava casado.
O advogado especializado em direito de família, Ângelo Carbone, do escritório Carbone e Faiçal Advogados, ressalta que embora seja jurisprudência nos tribunais, a Justiça deveria reconhecer união estável em alguns relacionamentos fora do casamento. “O fato de um homem manter-se casado não justifica a negativa de reconhecimento de união estável. A amante muitas vezes dedica-se ao relacionamento de forma mais intenso do que a mulher com qual o parceiro é legalmente casado”, afirma.
Ângelo Carbone defende que cada caso deve ser analisado de forma especial. “O reconhecimento da união estável deveria ser feito através do histórico do relacionamento e, não apenas por um mero documento de casamento”, opina.
Segundo a advogada da área cível do Trevisioli Advogados Associados, Daniella Augusto Montagnolli Thomaz, o novo Código Civil especifica o concubinato como sendo aquele no qual o companheiro ou companheira está impendido de casar legalmente. “A legislação define como união estável aquela constituída com o objetivo de formar uma família. O concubinato normalmente não passa de uma relação paralela, fora do casamento”, explica.
Porém, os riscos que envolvem o patrimônio dos amantes vieram à tona em recentes decisões, que passaram a determinar em suas sentenças a indenização de um amante ao outro, pelo prazo em que durou a relação de concubinato. “Os juízes levam em consideração princípios como a dignidade humana”.
Outro caso que ilustra esta situação aconteceu na 7ª Câmara Cível do TJ gaúcho que fixou indenização de R$ 10 mil, como forma de pensão, a uma ex-amante.O casal viveu junto de 1975 a 1987, enquanto o parceiro foi casado com outra pessoa. Depois, mantiveram união estável de 1987 a 1992. Com o fim da união, ela ajuizou ação pedindo indenização pelo período em que ele manteve outro casamento.
Triângulo amosoro - Justiça reconhece direitos econômicos de concubina
O Judiciário brasileiro não tem reconhecido união estável no caso de mulher que se relacionou por longo período com homem casado, porém reconhece direitos econômicos da concubina, por dever de solidariedade entre parceiros.
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul divulgou duas decisões neste sentido, recentemente. No último caso, a 7ª Câmara Cível do TJ gaúcho, em julgamento de recurso de concubina, fixou o pagamento de indenização de R$ 1 mil para cada ano de convívio que um homem casado manteve com ela. Eles se relacionaram durante 18 anos. Ao longo da relação extraconjugal, o parceiro jamais se separou da mulher com quem estava casado.
A amante entrou com ação contra o homem pedindo reconhecimento de união estável, indenização por serviços prestados, pensão alimentícia e a partilha do patrimônio desde o início da relação concubinária até a data do rompimento.
Segundo o relator do processo, desembargador José Carlos Teixeira Giorgis, não se trata de monetarização da relação afetiva, mas cumprir o dever de solidariedade, “evitando o locupletamento indevido de um sobre o outro, à custa da entrega de um dos parceiros”. Acrescentou que a indenização confere eficácia ao princípio da dignidade da pessoa humana.
De acordo com Giorgis, a mulher cometeu confusão ao denominar o vínculo que manteve com o homem, existindo apenas relação de concubinato e não união estável. Registrou que, diante da condição de casado do homem perante a lei, não se configura união estável entre as partes, mas o chamado “concubinato impuro” ou “adulterino”.
O desembargador, no entanto, entendeu incabíveis os pedidos de alimentos e de partilha de bens, por não ter havido comprovação de dependência econômica da autora, nem de que foram adquiridos bens patrimoniais com conjugação de esforços.
A desembargadora Maria Berenice Dias, que teve seu voto vencido, argumentou não haver como deixar de conceder à autora 25% do patrimônio durante o período de convivência. Declarou que, em 35 anos de magistratura, ainda não possui a capacidade de fazer desaparecer união que de fato existiu. “Negar efeitos jurídicos é deixar de fazer justiça”, asseverou.
Fontes: Ângelo Carbone, advogado especializado em direito de família do escritório Carbone e Faiçal Advogados
Daniella Augusto Montagnolli Thomaz, advogada da área cível do Trevisioli Advogados Associados

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Cientistas afirmam que as mulheres preferem os homens ricos


– Quem gosta de homem são gays, mulheres gostam mesmo é de dinheiro!
Esta frase é dita por uma amiga minha (eu traduzi em outros termos, porque ela é um pouco mais… cahan… eloquente).
O que pode parecer um absurdo, um acicate às mulheres (e muito pior para os homens), tem fundamento científico agora, pois um grupo de pesquisadores britânicos da Universidade de Newcastle determinou que homens considerados ricos por suas parceiras proporcionam mais prazer às mulheres durante relações sexuais. Você queria um bom motivo pra jogar na Mega-Sena? Taí.
A mulherada já acabou de reclamar, e me xingar? Posso continuar a notícia? Obrigado, Jesus também lhes ama (mas ele era pobre segundo dizem, lembrem-se).
De acordo com a BBC BRASIL, a pesquisa revelou que a percepção da mulher do nível de riqueza do parceiro influencia sua capacidade de chegar ao orgasmo, e o prazer seria maior em relações mantidas com homens de maior renda. Em suma, quanto mais rico for o sujeito, maior a tendência a ter um orgasmo múltiplo. Não sei se isso é verdade, mas que mulher adora um presente caro, jóias e perfumes (a expressão delas quando ganham um “presentinho” desses é bem semelhante a um orgasmo), isso é incontestável. As feministas devem falar que não, que elas estão mais preocupadas com o caráter do cara. É tudo uma questão de fé.
Agora, isso tem uma certa explicação: Isso é culpa de Darwin (como sempre).
Os autores da pesquisa acreditam que esse resultado seja condicionado por uma “adaptação evolucionária” que faria com que as mulheres instintivamente selecionassem seus parceiros de acordo com a sua percepção de qualidade. Isso significa dizer que elas escolhem aquele que, em síntese, teria condições de prover sustento melhor aos filhos (se bem que os diamantes sempre foram considerados os melhores amigos das mulheres, e pra amigo devemos o melhor tratamento).
Thomas Pollet e Daniel Nettles usaram informações de uma pesquisa chinesa (não riam, por favor) que contém a maior base de dados já coletada sobre estilo de vida, saúde e família e o motivo vocês devem imaginar qual é. Segundo tal pesquisa, as informações pessoais e detalhes sobre a vida sexual de mais de 5 mil pessoas em várias partes da China, baseadas em entrevistas e questionários ilustram a proposição, mas eu fico imaginando o quanto deve-se levar em conta, considerando um país com quase dois BILHÕES de pessoas.
Dentre as 1.534 mulheres com maridos ou namorados que responderam à pesquisa, 121 delas disseram sempre ter orgasmos durante suas relações sexuais, 408 disseram ter orgasmos com freqüência, 762 tinham orgasmos “às vezes” e 243 raramente tinham orgasmos. Esses resultados seguiriam um padrão semelhante ao verificado em países ocidentais, segundo os autores do estudo.
Entre os fatores identificados como influências na freqüência dos orgasmos relatada pelas mulheres, a riqueza do parceiro foi o mais determinante, segundo os pesquisadores.
“O resultado da pesquisa parece consistente com a idéia de que o orgasmo feminino evoluiu a partir de uma função evolutiva”, afirma o psicólogo Thomas Pollet, um dos autores do estudo, publicado na revista especializada Evolution and Human Behaviour.
“O orgasmo serve para selecionar entre os machos com base em sua qualidade. Assim, deve ser mais freqüente nas fêmeas unidas a machos de alta qualidade. Parceiros mais desejáveis levam as mulheres a ter mais orgasmos”, afirma Pollet. Segundo Pollet, a influência do nível de renda sobre a freqüência de orgasmos parece ser ainda maior que outros fatores, como simetria corporal ou atratividade, apontados em estudos anteriores, isto é, você pode ter cara torta,ser gordo,agressivo,feio,chato,falar besteiras,rude etc... Mas,se tiver um cartão de crédito ilimitado, o mundo está em suas mãos.
Por favor,peço que só não xinguem a minha mãe,pois,ela já é falecida. (risos)
Hora de me esconder da chuva de pedras.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

É ilegal a cobrança da taxa de desperdício em restaurantes




       É bastante comum encontrarmos na cidade de São Lourenço da Mata,Pernambuco,e em outras cidades do país,restaurantes que cobram a famosa "Taxa de desperdício" ,é preciso lembrar à população que essa cobrança não é legal,e que infringe o código de defesa do consumidor.
        É abusivo instituir uma taxa de desperdício ao consumidor que já paga pela comida. “Essa taxa não pode ser cobrada de forma alguma. Ela viola o artigo 39, inciso V, do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Ou seja, é proibido exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva”, diz. 
Mas como fazer valer o seu direito de consumidor? Há duas maneiras. A primeira é se recusar a pagar a tal taxa, alegando sua irregularidade. Como apoio, você pode solicitar que o garçom ou gerente apresente o Código de Defesa do Consumidor (todos os estabelecimentos que prestam serviço ou fornecem bens são obrigados a ter um à disposição dos clientes). Outra opção é andar com esta reportagem no bolso e usá-la como uma espécie de ´carta na manga`.

A segunda maneira tende a ser mais prejudicial ao restaurante. Se o estabelecimento continuar se recusando a retirar a cobrança ou se você achar que uma eventual discussão pode ser constrangedora, pague a taxa e exija que ela seja discriminada na nota fiscal. Com este documento, dê entrada em uma reclamação no Procon. O órgão de defesa do consumidor irá apurar o caso e tomar providências. Se o abuso for comprovado, você poderá ser ressarcido e a empresa, multada. ´Geralmente, a punição fica entre R$ 3 mil e R$ 5 mil`.                          
                    
    Quem for constrangido a pagar essa taxa de desperdício pode fazer um boletim de ocorrência ou solicitar a nota fiscal que comprove o pagamento indevido. O passo seguinte é acionar o Procon. Além de pagar a multa pela prática indevida, o estabelecimento ainda terá que ressarcir o cliente em dobro por tudo que foi cobrado indevidamente.
    

Saiba mais acessando o site do PROCON Pernambuco:   http://www.procon.pe.gov.br/



domingo, 2 de setembro de 2012

Brigas entre famílias deram origem ao Lampião e ao cangaço





Sinhô Pereira
Entre o ano de 1894 até 1923, enfrentaram-se os Pereiras e os Carvalhos na terra natal de Lampião, Serra Talhada. Os primeiros descendiam de Andrelino Pereira, o barão de Pajeú, enquanto os demais eram prósperos comerciantes e fazendeiros. "Em geral, as lutas terminam pela exaustão econômica de um dos contendores ou por mudança no zoneamento. Na guerra entre os Pereiras e os Carvalhos, por exemplo, os Pereiras acabaram se fixando no campo, enquanto os Carvalhos se tornaram mais urbanos e mercantis, passando a viver na cidade", diz o historiador Frederico Pernambucano de Mello, autor de Guerreiros do Sol, que trata do banditismo nordestino.

Desde criança

Entrevistado pelo pesquisador Leonardo Mota na Penitenciária de Fortaleza, um Pereira, preso acusado de matar um dos desafetos, resumiu assim a situação: "Só possuo uma vida e essa é livre. Sou homem de honra e acostumado a falar de cabeça erguida. Essa primeira humilhação que estou sofrendo não me enfraquece e não há governo que dê jeito na minha luta com os Carvalhos. Isso é uma questão de sangue! Só quando Deus acabar com o último Pereira é que Carvalho deixa de ter inimigo nesse mundo. O senhor quer saber de uma coisa? Lá no meu Pajeú, quando um menino da família Pereira começa a crescer, vai logo dizendo: tomara já ficar homem para dar cabo de um Carvalho. A mesma coisa dizem os meninos deles". E nem parentes em comum eram capazes de interromper esse ciclo vicioso. O que, aliás, se repetia nas contendas de muitas outras famílias.

Lampião e Maria Bonita
Era o dia 07 de julho de 1897. Novamente um ano seco. Naquele dia, Maria Sulena de Purificação trazia ao mundo mais um vivente, o terceiro que paria, iria se chamar Virgolino. 
Virgolino Ferreira da Silva.
Não sabia ela, e seu esposo, José Ferreira que Virgolino derivava de vírgula, que na gramática serve para dar uma pausa. E era para isto que estava predestinado aquele menino: dar uma pausa na história do nordeste, depois dele, nunca mais o nordeste seria visto da mesma maneira.
Virgolino, mais tarde Lampião, ou capitão Virgolino, nascia naquele dia na fazenda Passagem das Pedras, município de Vila Bella, hoje Serra Talhada, fadado a mudar a vida de muita gente.
O Terceiro de nove irmãos, Virgolino desde muito novo destacava-se pela sua vivacidade, e pela vontade de ascender na vida, e, como naquela época não havia escolas na região, ele, o mais interessado dos irmãos para aprender a ler e escrever, estudou alguns meses com os professores Domingo Soriano Lopes e Justino Neneu. O primeiro era parente da família pelo lado paterno.
Em 1905, com oito anos de idade fez sua primeira comunhão na vila de São Francisco, município de Vila Bella ( Serra Talhada ) e em 1912 foi crismado em Floresta.
A família vivia da agricultura, do criatório de bode e também da almocrevia.
Virgolino crescia normalmente como qualquer outro rapaz da região, destacando-se por ser bom tocador de sanfona, escrever poesia e fazer repente, desafiando os melhores repentistas da ribeira, além de ser excelente em confeccionar artefatos de couro e madeira.
Segundo depoimentos de contemporâneos seus, quando se tratava de trabalhar era um verdadeiro furacão em tudo que fazia.
E assim iam vivendo os Ferreiras.
Uma típica família sertaneja.
Vizinho ao sítio Passagem das Pedras ficava a fazenda Pedreiras, de propriedade de Saturnino Alves de Barros. As casas ficavam a cerca de setecentos metros de distância uma da outra, e os laços de amizades entre as duas famílias eram tanto que o irmão mais velho de Lampião, Antonio Ferreira era afilhado de Saturnino e sua esposa Dona Xanda.
Freqüentavam juntas as festas da redondeza, em Vila Bella, Floresta do Navio, Nazaré do Pico, São Francisco, São João do Barro Vermelho e demais fazendas.
Trabalhavam juntos nas suas lavouras.
Entre a amizade das duas famílias se destacava a amizade de Virgolino e José Alves de Barros ( José Saturnino ) que gozavam junto o sabor da juventude, no entanto, pouco a pouco, pequenos detalhes indesejados começaram a fazer a diferença na camaradagem dos dois.
Ambos eram temperamentais e impulsivos, e donos de si iam, aos pouco, arranhando a afeição, e fatos banais, contribuíam para levar os amigos para lado opostos, até que numa ocasião desapareceram dois ou três bodes do criatório da família Ferreira, e tudo levou a crer que a “estripulia” teria sido de um morador da fazenda Pedreira, chamado João Caboclo.
O velho Saturnino foi informado do acontecido, no entanto nenhuma providência convincente foi tomada, de tal forma que a situação levou a todos a se olharem com desconfiança.
Era o primeiro sinal.
Sem que soubessem, nascia ali fatos que entrariam para história, e que modificaria completamente a história de uma região.
Em outro momento, Virgolino em suas andanças de almocreve, comprou em Piranhas, Alagoas, dois chocalhos novos e pôs em seus animais. Zé Saturnino, numa brincadeira de mau gosto provocou, dizendo que foram roubados, e isto culminou em um grande bate-boca, e nesta oportunidade o acusador acabou por ganhar o apelido de “Zé Chocalho”.
E o pior, o apelido pegou!
Daí em diante o clima só foi piorando. Começaram a aparecer bodes com chifres quebrados, com orelhas cortadas, cavalos castrados.
Um torvelinho tomava conta de tudo.
O velho José Ferreira e o velho Saturnino Alves conversavam na tentativa de acalmar os ânimos, enquanto os mais jovens demonstravam cada vez mais rancor.
Acabava-se o ano de 1916. Um certo dia, num extremo de tarde, os irmãos Ferreira, Antonio, Levino e Virgolino estavam juntando umas reses para levar para o curral quando passaram dentro da fazenda Maniçoba, também pertencente ao velho Saturnino. Perceberam gritos e gargalhadas. Ao olharem perceberam que era José Saturnino e uns amigos, entre eles Zé Caboclo, Dionízio Vaqueiro e Paizinho derrubando a mata para construírem uma casa e quando viram os Ferreira passando começaram a soltar galhofas.
Não disseram nada.
Voltaram para casa e relataram tudo ao pai e não foram mais juntar o gado.
Este incidente foi motivo de mais um encontro com os dois chefes de família no intuito de ponderarem, a situação. 

No outro dia, os três irmãos e mais dois amigos voltaram para terminar o serviço. Ao retornarem para casa, conduzindo o criatório, ao passarem próximo a duas gigantescas pedras, nas imediações da fazenda Pedreiras, uma emboscada estava pronta, montada por Zé Saturnino e seus homens.
Na emboscada foi ferido Antonio Ferreira e a única reação que puderam ter os Ferreiras foi fugir.
Foi este o primeiro confronto com armas.
Começava aí uma guerra.

Os Ferreiras foram a Vila Bella e procuraram a polícia. 
Nada resolveram. Apenas disseram não quererem se meter em questão de ninguém.
Foram então ao fórum.
Deporam no juiz, e este apenas orientou a procurarem um advogado.
Procuram os rábulas existente na cidade, no entanto, nenhum teve disposição de entrar em confronto com a família Saturnino e Nogueira, que eram desdobramento dos poderosos Carvalhos. 
Virgolino, decepcionado foi enfático e disse ao pai que iria resolver a sua maneira. Foi então na casa comercial do senhor Pedro Martins e comprou dois rifles e dois mil cartuchos e mandou avisar ao então juiz de direito do 2º ofício de Vila Bella, Dr. Augusto Santa Cruz, que tinha dois advogados de primeira qualidade para resolver suas causas.
A partir deste momento, a antiga amizade que vinha se deteriorando, passou a ter cheiro de pólvora.
É comum se dizer que Lampião foi ser cangaceiro para vingar a morte do pai. Na verdade ele assumiu a condição de cangaceiro após o assassinado do seu pai, em 1920, dois dias depois que a polícia alagoana, instigada por Zé Saturnino assassinou friamente o velho José Ferreira, com a desculpa de estar a procura de bandidos.
Os irmãos Ferreira sabiam que estava por trás a mão do seu inimigo, e assim, ao lado do túmulo dos pais, no cemitério de Santa Cruz do Deserto, juraram vingança e mergulharam em definitivo no mundo do cangaço. Entraram no bando de Sinhô Pereira, braço armado da família Pereira, inimiga dos Carvalhos, então, como seu principal desafeto, Zé Saturnino era Carvalho, nada mais oportuno. Foi no bando de Sinhô Pereira que Lampião começou a fazer sua fama. Revelou-se por sua destreza e bravura, e assim, anos depois, quando Sinhô Pereira resolveu deixar aquela vida, Virgolino herdou o que restou do seu bando e começou seu reinado, que durou até 27 de julho de 1938.
Morria Lampião, na gruta do Angicos, Sergipe, morto ele e mais dez companheiros, entre eles Maria Bonita pela volante alagoana comandada pelo tenente Zé Bezerra.
Morreu com 41 anos de idade. Já velho para o cangaço, pois em média um cangaceiro morria aos vinte anos.
Seus feitos entraram para história.
Se herói ou bandido, até hoje se discute.
O certo é que sua conduta e sua luta marcou um tempo em um nordeste até então dominado pelas grandes oligarquias. O “capitão Virgolino” para muitos passou a ser a voz dos mais pobres e para outros não passou de assassino bruto e desumano.

É motivo de estudos e pesquisas no Brasil e em outros países, e aqui passou a ser referencia, pois nos sertões nordestino a história passou a ser contada antes e depois dele.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

A ONU recomenda ao Brasil a extinção da Policia Militar



No dia 30/05/2012, os países que compõem o conselho de direitos humanos da Organização das Nações Unidas afirmaram que o Brasil deve combater os “esquadrões da morte” e suprimir a Polícia Militar.
Os “esquadrões da morte” são grupos de extermínio formados por Policiais Militares, que surgiram na ditadura militar e se constituíram como uma forma complementar de atuação da PM. 
A Dinamarca defendeu a abolição do “sistema separado de Polícia Militar” para reduzir as “execuções extrajudiciais”. No relatório final sobre o Brasil, uma das 170 recomendações ao país é o fim da Polícia Militar.
Os estudantes da USP ocuparam a reitoria no final do ano passado pedindo a saída da PM do campus.  Por protestarem contra a polícia e a privatização da universidade, eles estão sendo processados pelo reitor e podem ser expulsos.
Uma pesquisa recente demonstrou que em cinco anos, a PM paulista matou mais que todas as polícias juntas dos Estados Unidos, cuja população é oito vezes maior que a brasileira. Um relatório da Ouvidoria da PM afirma ainda que mais de uma pessoa foi morta por dia em São Paulo por um Policial Militar nesse período.
A PM paulista possui um índice de prisões por morte 108 vezes maior que a norte-americana. Enquanto, no Brasil, para cada 348 pessoas presas, houve uma morte por policiais em 2008, nos Estados Unidos, a Polícia prendeu mais de 37 mil pessoas para cada morte.
A PM é uma instituição característica de regimes militares e uma verdadeira máquina de execução da classe trabalhadora e da população pobre. A execução pela PM é legalizada pelo Estado sob a insígnia de “autos de resistência”. Os policiais militares possuem uma espécie de cheque em branco para matar e podem justificar isso dizendo que houve “resistência” da vítima.
 A reivindicação de fim da Polícia Militar, no entanto, é bastante combatida pela burguesia brasileira e até mesmo pelos partidos da esquerda pequeno-burguesa. A recomendação dos países do conselho de direitos humanos da ONU, no entanto, demonstra o quão anacrônica é essa instituição, inexistente em muitos países imperialistas e formadas para executar pessoas.

quarta-feira, 14 de março de 2012

As mulheres cariocas são as que mais traem no mundo

 
De acordo com resultado de uma pesquisa feita por um site para arrumar amantes com mais de 12 milhões de cadastrados em 17 países, as mulheres do Rio são as que mais traem no mundo. A informação foi divulgada neste domingo (11) por Cristiane Gerk, colunista do jornal O Dia.

Entre os homens, a geografia da traição leva à Barra da Tijuca. Já quando são analisados os números gerais (homens e mulheres), a campeã de infidelidade é Copacabana. O autor do levantamento é o site "AshleyMadison.com", no qual internautas se cadastram para ter aventuras fora do casamento. Enquanto na maioria das cidades do mundo, há 30% de usuárias mulheres, no Rio o percentual médio é de 44%. No Leblon, chega a 59%.
"Mulheres independentes financeiramente ficam mais confortáveis para trair, pois não têm tanto medo de serem abandonadas se os maridos descobrirem”, opina Eduardo Borges, representante do site. Para a advogada divorciada Márcia Rocha, 57, moradora do Leblon, dinheiro não é o motivo: “Já traí, mas porque me envolvi com outra pessoa, me levei pela emoção.
Os clientes do AshleyMadison.com usam codinomes e são orientados a eliminar o ‘batom digital’: não divulgam fotos para todos e usam e-mails específicos. Fernanda Silveira (pseudônimo), 36, entrou para a rede após dica de uma amiga. “Meu marido vive viajando e não saio muito de casa. Já encontrei dois homens pelo site que eram ótimos. Voltei a ver um deles no motel direto”, conta ela, que é casada há 8 anos e mora no Leme.
“Sou feliz, meu marido ganha bem e me trata bem, mas o trabalho não permite que fique junto. Já pensei em me separar, mas concluí que seria besteira, pois o amo. Às vezes me sinto culpada, mas se não tivesse feito isso não aguentaria. Espero não ficar viciada”.


As informações são do Jornal O Dia.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Não é um diploma que define quem é jornalista

Boris Casoy
Ricardo Boechat






Kennedy Alencar
A obrigatoriedade do diploma de jornalista nunca foi sinônimo de qualidade.Ultimamente, inclusive,é apenas uma moeda emitida por faculdades cujo lastro nem sempre é confiável, mas que, ainda sim, paga a entrada no mercado de trabalho.Muitas instituições de ensino duvidosas surgem com base nisso.Com sua não obrigatoriedade, o diploma não deixa de existir e a necessidade de formação profissional também não: pelo contrário ambos são valorizados.
    Ou as faculdades de jornalismo mostram a que vieram ou finalmente estará provado que são meras impressoras de certificados.
   Jornalistas como: o Boris Casoy e o Ricardo Boechat, não possuem diploma de jornalista, no entanto, são os melhores do país, e também são contrários a obrigatoriedade do diploma.O jornalista Kennedy Alencar, apresentador do programa "Tema Quente”, exibido na rede Tv, apesar de ter um diploma de jornalista, também é contra a obrigatoriedade.
   A profissão de jornalista é um dom, que poucos possuem, portanto, não adianta fazer um curso medíocre, e receber um papel dizendo que é jornalista, se não tem capacidade de exercer a atividade dignamente.

Alguns países que exigem e que não exigem o diploma de jornalista:

Não exige: Alemanha,Argentina,Estados Unidos,Austrália, Áustria, Bélgica,Chile,China,Costa Rica,Dinamarca,Espanha,Finlândia,França, Grécia,Holanda,Hungria,Irlanda,Itália, Japão,Luxemburgo,Peru,Polônia,Reino Unido, Suécia e Suíça.

Exige:Africa do Sul,Arabia saudita, Colômbia,Congo,Costa do marfim, Croácia,Equador,Honduras, Indonésia, Síria, Tunísia,Turquia e Ucrânia.


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mara Salvatrucha a gangue



Mara Salvatrucha ou MS-13 é uma gangue formada principalmente por salvadorenhos que atua nos Estados Unidos e na América Central. Existem indícios de que tenha ramificações também no Canadá e na Espanha.
BREDA PAZ, membro da MS-13, foi morta em junho de 2003, aos 17 anos, grávida de quatro meses, após ter contado à policia tudo o que sabia sobre a organização criminosa.
A MS-13 enfrenta outras gangues nas disputas de território. Seus membros se identificam pelos sinais MS, que fazem com as mãos, e pelas tatuagens pesadas (que incluem o "MS-13") espalhadas pelo corpo, inclusive na testa.
As ramificações centro-americanas se fortaleceram após a deportação maciça dos integrantes da Mara Salvatrucha que atuavam nos Estados Unidos, para seus países de origem. Muitos deles tinham há muito perdido os vínculos com sua terra natal, já que moravam nos Estados Unidos há décadas.
Sobre a gangue existe o documentário La Vida Loca de Christian Poveda assassinado em 2009.
A MS 13 (como é abreviado seu nome) é uma gangue que começou nos anos 80 com imigrantes fugitivos da guerra civil de El Salvador, instalados nas áreas de baixa renda de Los Angeles. Porém, esse fluxo de imigrantes buscando emprego e moradia não foi bem recebido pela população local (mais precisamente pelas gangues já existentes) que acabaram tornando-se vítima da violência das gangues já existentes. Para se defender das hostilidades os ex-guerrilheiros se juntaram, e a gangue logo ficou conhecida como a mais violenta da região, substituindo rapidamente seus rivais. Ganharam territórios e pontos de venda de drogas, o que fez a quadrilha crescer ainda mais. Seu nome vem da combinação de “Mara”, gíria que significa “bando”, ou gangue de rua, e o termo “Salvatrucha”, um termo usado para designar pessoas vindas de El Salvador. Já o numero 13 é atribuído como homenagem à “Mexican Máfia”, gangue de mexicanos nos presídios californianos, onde a formação das quadrilhas não se dá mais por motivos bairristas, como eram nas ruas. Quando dentro dos presídios, as gangues passam a se agrupar por motivos étnicos, como a Arian Brotherhood e a Black Guerrilla Family. O numero 13 carrega também um significado mais próximo com a violência da gang, pois um jovem para se tornar membro da Mara, tem que passar por uma sessão de 13 segundos de espancamento. Um pouco depois, a partir de membros de outras gangues de mexicanos e alguns poucos desertores surge um grupo rival, a Mara 18, quase tão numerosa e igualmente temida, e que carrega este nome por ter se iniciado a partir da 18 street. Toda essa movimentação de drogas e violência acabou resultando na deportação de membros da MS 13. Mas esta medida do governo americano não resolveu a situação, pelo contrario. De volta a El Salvador, a quadrilha cresceu rapidamente e tornou-se a maior do país, também se espalhou pela Guatemala, Honduras, e outros países da América, e seus integrantes chegam a aproximadamente 70 mil. O problema ficou então bem maior e levou, em 2004, Honduras e El Salvador a implantarem leis anti-gangues, onde um suspeito de pertencer a organizações criminosas poderia ser preso por até 12 anos. E ter uma tatuagem com referências às tais gangues, já era considerado prova suficiente para prender um suspeito, o que fez com que os iniciados na quadrilha, gradativamente parassem de se tatuar.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O Sport tem a 11ª maior torcida do Brasil!


Divulgado pelo Lance!/Ibope, o novo levantamento (acima) traz uma colocação histórica para o futebol pernambucano.
O Sport tem a 11ª maior torcida do Brasil!
Isso mesmo. Além de liderar entre os clubes do Nordeste, o Leão ainda desbancou os tradicionais Botafogo e Fluminense. Nunca o Leão havia ficado em uma colocação tão alta – no máximo um 13º lugar. 
Segundo o a pesquisa por amostragem, o Rubro-negro teria 1,7% da população brasileira, o que corresponde a 3.300.000 de torcedores. Outro dado muito interessante é sobre a faixa de fanáticos entre 10 e 15 anos, na qual o Sport ficou com 850 mil torcedores. Um impressionante 8º lugar geral.
Considerando os torcedores acima de 50 anos, o Leão tem 340 mil, em 14º lugar.
O Santa Cruz ficou em 17º lugar (5º no Nordeste), com 1.200.000 torcedores (0,6%). Mesmo com o fundo do poço a partir de 2006, a Cobra Coral conseguiu formar uma base jovem, com 300 mil torcedores mirins.
Já o Náutico não aparece entre os 19 primeiros. Ao todo, o Ibope ouviu 7.109 pessoas, a partir de 10 anos de idade, em 141 municípios no país, no primeiro trimestre deste ano. A margem de erro é de 1,2% para mais ou para menos.
Essa foi a 4ª pesquisa do Lance!/Ibope.